terça-feira, outubro 30, 2007

Mifid: investors optimistic

Market Risk - Investors Optimistic About New Rules Designed to Integrate European Equity Markets


Location: Greenwich
Author: Ryan Utsumi
Date: Tuesday, October 23, 2007

New research from Greenwich Associates reveals that a majority of European institutional investors believe that new financial market rules scheduled to take effect next month have a good chance of achieving regulators’ stated goals of increasing market transparency and further integrating Europe ’s capital markets.

The Markets in Financial Instruments Directive (MiFID), which will take effect on November 1, will introduce significant changes to Europe’s regulatory framework with the goal of integrating Europe ’s national markets. Included in the directives are new pre- and post-trade transparency requirements and reporting requirements for equity markets, new capital requirements and other provisions intended to facilitate cross-border business.

More than half the institutions participating in Greenwich Associates’ 2007 European Equity Investors Study believe that MiFID will increase the transparency and depth of European equity markets, while slightly less than a quarter expect reductions. Thirty-five percent of the institutions participating in Greenwich Associates’ 2007 research program expect MiFID to increase liquidity in European equity markets, while 20 percent expect it to reduce liquidity.

“Half the institutions we interviewed say MiFID will increase clients’ ability to measure and achieve best execution, while only 17% think the rules will make it harder for clients to assess best execution,” says Greenwich Associates consultant John Colon.

However, more than three-quarters of the institutions believe that MiFID will place mid-sized and regional brokers at a disadvantage, and 55 percent think the new rules favor major broker-dealers. “Our research suggests that the benefits of the new regulations will not be evenly distributed,” says Greenwich Associates consultant Jay Bennett. “ Europe ’s institutions expect that there will be winners, including the institutions themselves, large broker-dealers and electronic trading venues — which will benefit from the integration of markets and new requirements governing best execution and transparency. They also believe there will be losers, including smaller broker-dealers and exchanges.”

Ten questions to ponder about the crumbling us credit market

October 30: Industry Risk – Ten Questions to Ponder About the Crumbling US Credit Market


Location: New York
Author: Dina Maher
Date: Tuesday, October 30, 2007

Fitch Ratings, in the form of a special report, yesterday released a list of ten key questions to provide insight into the issues that Fitch analysts are addressing when reviewing and comparing the results of issuers affected by the U.S. credit market turmoil of the past quarter.

The report, 'Market Turmoil and Accounting Impact: 10 Key Questions' is the result of Fitch's continuing efforts during the third-quarter 2007 market turmoil to review largely new accounting standards and reporting requirements and how they may affect analysts and investors' ability to obtain information they need to understand the repercussions of the recent market disruption.

In the U.S., the standards 'Fair Value Measurements' (SFAS 157) and 'Fair Value Option for Financial Assets and Financial Liabilities' (SFAS 159) will be mandatory for companies from fiscal-years beginning after Nov. 15, 2007 and early adoption by some but not all US financial institutions has rendered comparability more difficult. IFRS issuers have a similar fair value option that was implemented in 2004.

'The ramification of the changes in accounting for certain financial instruments and conduits can be significant for a company, particularly a financial institution, in terms of covenant tests, regulatory capital requirements and access to the capital markets,' said Dina Maher, Senior Director, Fitch Ratings.

In the report Fitch asks the following questions on accounting issues:

Fair Value Measurements

  • How is the fair value of financial instruments determined in the current market?
  • Are there opportunities for gains at initial recognition, i.e. Day One Gains?
  • How are companies that have not yet adopted SFAS 157 and IFRS companies reporting their fair value measurements?
  • Were any declines in the fair value of available-for-sale or held-to-maturity securities deemed to be impaired?

Fair Value Option

  • Why were certain financial liabilities marked to fair value?
  • Have the parent and subsidiary elected the fair value option on specific financial assets and liabilities in the same manner?

Loan Commitments

  • How did the company account for unfunded and funded loan commitments that have declined in value

Consolidation Issues

  • Did substantial losses by a variable interest entities (VIE) result in a re-evaluation by senior beneficial interest holders as to whether or not they must consolidate the VIE because of concern (or fact) that they, too, will be forced to absorb losses?
  • As a result of the decrease in fair value of the assets, has the company been forced to consolidate any VIE that it had previously determined was not required?
  • Have any actions that the sponsor took in support of a VIE (such as a securitized trust or asset backed commercial paper (ABCP) conduit) resulted in the reconsolidation of any entity that was previously accounted for off balance sheet?

quarta-feira, outubro 24, 2007

Seniores afluentes: um segmento com potencial

Seniores afluentes: um segmento com potencial?

Os tempos são de mudança! E já nos habituamos ao “consumismo natalício”… olhemos para o segmento dos “homens maduros”.

Bruno Valverde Cota

Estamos a aproximar-nos da solenidade cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo. Ainda que sendo uma festa cristã, o Natal é encarado universalmente por pessoas dos diversos credos como o dia consagrado à reunião da família, à paz, à fraternidade e à solidariedade entre os homens. É assim que eu vejo esta bonita época de “Amor”. Todavia, os tempos são de mudança! E já nos habituamos ao “consumismo natalício”… olhemos para o segmento dos “homens maduros”, tecnicamente chamado por “seniores afluentes”. Segundo um estudo da J.C. Penney Co., publicado no “The Wall Street Journal”, em 2006, 70% das compras de roupa masculina efectuadas nas suas lojas foram feitas por homens. De certo modo, estes resultados contrariam os estudos que até então indicavam que eram as mulheres que efectuavam a maioria destas compras. Se analisarmos as pesquisas existentes aos consumidores, de um modo geral, estão centradas no “cliente feminino” e, mais recentemente, nos “homens jovens” e nos chamados “metrosexuais”. Contudo, só em Portugal, segundo o INE (2005), temos cerca de 1,6 milhões de homens, com idade entre os 40 e os 64 anos, o que representa 15,5% da população portuguesa. Recordo também que os “homens maduros”, com idade superior a 50 anos, são normalmente pessoas que já não têm grandes obrigações financeiras, sem hipotecas, sem despesas com a educação de filhos, sendo clientes com um grande potencial. Mas, porque será que não são desenvolvidas campanhas específicas para este segmento? Terão caído no esquecimento? Bem, apesar de actualmente haver uma maior preocupação com o desenvolvimento de produtos nas áreas da saúde, beleza e moda, a meu ver, a motivação para as compras masculinas continua a estar largamente por explorar pelos grandes actores do mundo do “consumo”, tal como lojas, centros comerciais e supermercados.

Eu sei… Temos que entender que o estilo de compras do “homem maduro” envolve compras rápidas e o ‘shopping around’ é para eles uma perca de tempo. Normalmente, são consumidores que sabem o que querem comprar e por isso “vão directos” ao que pretendem, sem desperdiçar tempo. No entanto, é para mim evidente que este segmento não aprecia a experiência de fazer compras que lhe é presentemente oferecida. Mas será que é razão suficiente para serem “esquecidos” e as suas necessidades ignoradas?

Em Tóquio, a loja Isetan, alterou a disposição dos seus produtos para “homens maduros”. Criou áreas por tipo de produtos, em vez da disposição por marcas, criou um único local para os acessórios e tem um piso dedicado exclusivamente aos produtos cosméticos masculinos. Depois desta remodelação, as vendas aumentaram 30% face ao período homólogo. Eventualmente, os “homens maduros” dão mais importância ao tipo de produto e menos à marca, preferindo também uma disposição funcional das lojas, de forma a reduzir o tempo de procura.

Alguns sectores retalhistas já começaram a cativar a atenção deste segmento, nomeadamente nas áreas da saúde, lazer, electrónica e serviços financeiros, onde existem algumas estratégias definidas e bem direccionadas para estes consumidores. Também algumas marcas de automóveis, como a Mercedes, BMW e Cadilac, possuem modelos de carros alinhados com este segmento: carros de alta cilindrada, que transmitem conforto, segurança, sofisticação e, ao mesmo tempo, um pouco de “aventura”.

Todavia, parece-me que sectores como a moda, cosméticos, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, revistas, telemóveis, entre outros, poderão encontrar neste segmento boas oportunidades de desenvolvimento do negócio. Para isso, é fundamental um conhecimento mais aprofundado: conhecer as suas necessidades e os seus gostos. É tempo para analisar e actuar. Ficamos a aguardar programas de ‘marketing’ inovadores para o segmento de “seniores afluentes”.

segunda-feira, outubro 22, 2007

The one that is improving most


Paulo Sousa has managed to improve the most from Mini Maratona in Vasco da Gama (Setember, 2007) and this 10 km on Marginal.
Congratulatios!

domingo, outubro 21, 2007

More Photos: corrida do tejo


Returning home, proudly, with a medal...(on the right)
The man from Sonae, smiling.

Corrida do Tejo: a great performance!



8.500 runners, wearing an Orange Nike dry fit jersey.
Departing from Marginal in Algés and finishing in Praia da Torre in the outskirts of Oeiras.
Outstanding organization, combining Nike and Oeiras council, two renowed brand names for events set up and smoothe processes.
Trains departed from Oeiras to Algés, on a ten minute basis.

The magnificent BES+Sonae Team departed from non professionals runners (how could this be?!!!). However the handfull thousand we had to cross (and thus greatly explaining why we could not beat the professionals, who enjoyed a clear advantage departing from non cluttered spot...) the Gorgeous Team reached the finishing line with great spirits... here they are just minutes after the race was finished.

sexta-feira, outubro 12, 2007

What´s next? Facebook versus LinkedIn

What’s next? Facebook vs. Linked In

Valleywag today compares Facebook vs. Linked In. I’ve been thinking about the same thing lately. I have hundreds of emails waiting to be answered (I answered a bunch yesterday, but it just caused MORE email to come back in so now I’m behind again — thankfully I’ll be offline in a plane headed to a BEA event in Atlanta so I’ll have lots of time to answer emails). But a good portion of those emails include invitations from Facebook and Linked In. Last week I met an executive in Facebook and they are adding a million new users every week (which represents about 3.3% growth every week — extremely rapid growth, in other words).

Facebook already turned down a $1 billion offer from Yahoo. Why did they do that? Because they know that the advertising market is heating up. MySpace sold for less than that, but in a deal with Google alone got all that money back and more. Facebook is sitting on a gold mine.

I don’t like Linked In (high profile bloggers who put their email and cell phone number on their blog don’t need to join reputation networks to get jobs and other stuff) but I must admit that it is rocking and rolling and speeding up in adoption, not slowing down. I’m very impressed by the job (and the quality of people they’ve gotten to join their system).

My LinkedIn and Facebook requests are not just from people I don’t know. CEOs, CTOs, etc from tons of companies are joining both. Kevin Rose and I had dinner a few days back and he personally begged me to join Facebook. I still haven’t, cause I need fewer things in my life, not more. Twitter dramatically took down my productivity (I’ve been spending less time there trying to get things done) and until I have no emails in my inbox I can’t join new things. But I can stand back and admit my awe of what they’ve done in the marketplace.

I wouldn’t be surprised if Facebook goes public or gets sold for more than $3 billion. They are sitting on a gold mine.

“But Scoble, what if they turn out to be like PointCast?” That’s what several people have asked me when we’ve talked about this. Well, I was on PointCast for two weeks early on. I quit it fast because it tried to lock me in and wouldn’t let me link to articles on it and wouldn’t let me copy text from it. That caused me to start badmouthing it to my friends.

Facebook doesn’t have those problems. All I see is positive growth for it. Linked In does get some negative feelings cause of the email stream it causes, but that’s pretty easily solvable and sure hasn’t slowed down its growth the way I thought it might.

Do you agree or disagree?

LinkedIn versus Facebook: room for both?

LinkedIn vs Facebook: room for both?

Posted by Steve O'Hear @ 4:21 am Categories: Social Networks, LinkedIn, Facebook Tags: Facebook, LinkedIn, Steve O'Hear
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Worthwhile?

This morning I woke up and as usual checked my email while sipping my first coffee of the day. Nothing unusual there. Then I noticed I’d received a LinkedIn ‘connection’ request (LinkedIn users don’t have friends, they have ‘connections’). Wow I thought. I haven’t had one of these in while. Compare this to the number of recent Facebook friend requests, and it’s clear that, in my social circle at least, Facebook has replaced LinkedIn as the flavor of the day.

However, according to Fortune blog The Browser, LinkedIn CEO Dan Nye says that’s just fine. In a world where people like to keep their professional and social lives separate, there’s room both social networking sites, he argues.

Stealing some of his material from LinkedIn founder Reid Hoffman on the matter, Nye said people will build one profile for their personal life and another for their professional life. The argument, self serving as it is, makes a certain amount of sense. Not good to have a prospective employer stumble on to those photos of you freshman year in Delta Kappa Epsilon.

After the inevitable social net shakeout, Nye says, Facebook and MySpace will remain standing and will compete to supply an outlet for personal self-expression and community. Meanwhile, in the Nye/Hoffman scenario, LinkedIn will dominate the business of business networking — serving as a “productivity tool,” used for professional reference checking, recruiting, and to get expert advice.

Nye makes a good argument, and it’s true that LinkedIn has a slightly different subset of functionality to Facebook (let alone MySpace). And for recruiters at least, LinkedIn is far more geared up to meet their needs. But most of LinkedIn’s users aren’t recruiters, and for them Facebook might function just as well and could provide more value and certainly more fun.

I was recently discussing LinkedIn’s value proposition with somebody who knows quite a bit about networks, and he pointed out that the majority of LinkedIn users are non-premium customers (they don’t pay to use the site) and yet create most of it’s value by filling out their profiles and resumes etc, and getting others to join, and contribute references. LinkedIn then sells this data to premium customers (recruiters) in order to make a profit. So the non-paying users add most of the value, which LinkedIn extracts to sell to the paying customers.

What if those unpaying customers find more value elsewhere — say over at Facebook? The result would be less value for LinkedIn to sell to its premium users.

However, taking Nye and Hoffman’s argument at face value (no pun intended), that’s unlikely as people don’t want to expose too much of their social life to their professional contacts. It’s an argument that I would have bought fully into until recently.

You see, nearly all of my Facebook requests are from professional contacts not purely social ones. (The main Facebook group I belong to is the web 2.0 group.) And with Facebook’s heritage being the college campus, it makes sense that young professionals (graduates) would start to utilize the site for more career-based networking.

Facebook’s new platform strategy also removes the friction to keep adding more functionality. If there is demand for professional features that are missing, anybody can come in and build them. Were Facebook to add even more flexible privacy controls, then LinkedIn might become irrelevant to non-paying users, eventually becoming less valuable to paying users.

One solution would be for LinkedIn to build a Facebook app, so as to make it much easier for Facebook users to contribute data which LinkedIn can continue to sell to recruiters.

Those as Forbes points out, LinkedIn’s founder, Reid Hoffman, is an early investor in Facebook, so either way he’s set to profit.

Tudors movies and TV series

From late XIX century (yes, no mistake...) to the present day...

The Tudor´s: profile of sir Thomas More

Probably the most important caracter on the TV series...

Sir Thomas More (7 February 1478 - 6 July 1535), was an English lawyer, author, and statesman. During his lifetime he earned a reputation as a leading humanist scholar and occupied many public offices, including that of Lord Chancellor from 1529 to 1532. More coined the word "utopia", a name he gave to an ideal, imaginary island nation whose political system he described in a book published in 1516. He is chiefly remembered for his principled refusal to accept King Henry VIII's claim to be supreme head of the Church of England, a decision which ended his political career and led to his execution for treason.

In 1935, four hundred years after his death, More was canonized in the Catholic Church by Pope Pius XI, and was later declared the patron saint of politicians and statesmen by Pope John Paul II.

Os Tudor. série televisiva

O charme masculino já não é o que era...
Agora a série televisiva "Os Tudor" é uma série concorrente a nossa companhia...

Mini Maratona na Ponte Vasco da Gama: 16.08.2007 - parte 4

Retomando o relato da memorável corrida (porque foi a primeira que fiz...)...

Após os primeiros quatro kilómetros onde a subida era uma condicionante de peso, começou a parte a descer em direcção aos Olivais a que se seguiu uma série de longas rectas a caminho do Parque das Nações.

Voltaram as energias, e aqui o escriba e o Dr. João Madeira deram um ar de sua graça... e foi vê-los a ultrapassar aqueles que antes de nós se tinham despedido em passada mais estugada... Então os últimos 200 metros foram tão vertiginosos, com direito a sprint à laia de desafio mano-a-mano (desculpa, João, mas os teus 29 anos não te salvaram face a este veterano...) e a aplausos do público...

Fomos os primeiros VIP a passar a meta e a chegar ao Pavilhão de Portugal, onde nos esperava um acolhimento caloroso... uma camisola RTP seca, comida e bebida em abundância...Onde pouco depois chegariam os atletas profissionais (os tais que correram os 21 kms...) e onde nossos amigos, Drs. Carlos Coelho Ferreira (notável desempenho), Fernando Nunes e Paulo Curto Sousa chegariam pouco depois.

Grande jornada, adrenalina ao máximo, dores musculares na semana seguinte...

segunda-feira, outubro 01, 2007

Marketing e Comunicação Empresarial: pós graduação de elevada qualidade

APPM

Pós-Graduação em Marketing e Comunicação Empresarial
UNIVERSIDADE LUSÍADA

Descontos para Sócios da APPM

No âmbito do Protocolo de Cooperação entre a Universidade Lusíada e a APPM, os Sócios da APPM poderão usufruir de um desconto de 10% no valor das propinas, condições especiais e exclusivas, no curso de Pós-Graduação em Marketing e Comunicação Empresarial (8ª edição).

Este curso, baseado no método do caso, é constituído por módulos teórico-práticos nas respectivas áreas temáticas. Os participantes que obtiverem aprovação neste curso terão direito ao respectivo certificado de frequência e aprovação, podendo capitalizar créditos para o efeito de formação ao longo da vida (38 ECTS), com acesso à obtenção do grau de Mestre em Gestão, especialidade de Marketing.

Os melhores alunos do curso terão a possibilidade de frequentar estágios nas empresas parceiras.

Para mais informações, poderá aceder a www.appm.pt ou www.lis.ulusiada.pt, ou contactar directamente a Secretaria de Mestrados da Universidade pelo telefone 213611604/05/06/44 ou pelo ilpg@lis.ulusiada.pt.

Mifid: maior protecção aos investidores




Maior protecção aos investidores

A Directiva dos Mercados de Investimentos Financeiros marcará uma nova era para alguns, ou o consagrar das melhores práticas éticas e comerciais para a maioria dos bancos.

Paulo Gonçalves Marcos

No primeiro dia de Novembro entra em vigor a mui aguardada Directiva dos Mercados de Investimentos Financeiros (MiFID), a mais importante peça legislativa, da última década, a incidir sobre o sector financeiro europeu. Esta Directiva insere-se no esforço mais vasto de tornar a União Europeia o espaço económico mais concorrencial do mundo, na esteira da Agenda de Lisboa, aquando do governo do eng. Guterres. Confrontada com o facto de alguns mercados não terem concretizado o desiderato político de abertura e concorrência transfronteiriça, imaginado pelos políticos, a Comissão Europeia tem desencadeado uma série de processos legislativos, visando forçar o derrubar de algumas barreiras à mobilidade e à livre concorrência entre produtores. Telecomunicações, comércio automóvel, transporte aéreo, serviços financeiros, entre outros sectores, têm sido particularmente visados.

A MiFID tem como propósitos os de acabar com o monopólio dos mercados regulamentados (“Bolsas de Valores”) como locais de transacção de títulos mobiliários; regulamentar os novos instrumentos financeiros surgidos na última década e meia (derivativos, mormente) e aumentar o nível de protecção prestados aos investidores, quer institucionais quer particulares ou pequenas empresas.

Dito de outra forma, inscrito no código genético da MiFID o fito de as empresas de investimento (bancos, corretores, gestoras de patrimónios,…) conhecerem os seus clientes em maior profundidade e adequarem as suas práticas de comercialização, de serviços e produtos financeiros complexos, à experiência e habilitação dos clientes.

Assim sendo, a comercialização de um serviço de gestão discricionária (onde o cliente autoriza a instituição financeira a gerir o seu dinheiro de forma que achar mais conveniente) ou de um ‘warrant’, para dar exemplos, passa a requerer que previamente a experiência, familiaridade e apreensão dos riscos envolvidos por parte do cliente, tenham que ser alvo de um teste. E no caso de o teste ser negativo tem a instituição financeira de informar de tal resultado o cliente, que terá, contudo, a última palavra.

A MiFID marcará uma nova era, para alguns, ou o consagrar das melhores práticas éticas e comerciais, para a maioria dos bancos e instituições financeiras a operar em Portugal. A era da adequação entre necessidades e produtos. A de não mais “vender um segundo pente a um careca sob a alegação de que o primeiro se pode gastar de uso…”. E esta Directiva é um excelente pretexto para o sector financeiro formal se afirmar, diferenciando-se das pretensas empresas de consultoria financeira (onde em muitos casos as práticas são quase predatórias e nas quais o regulador não exerce uma actividade de supervisão conveniente) que pululam de forma caótica. Para tal, os bancos deverão certificar que os seus colaboradores comerciais recebem formação e que estão ‘MiFID Compliant’, num processo de elevação do valor dos seus serviços aos olhos dos potenciais clientes. E adoptar, também aqui, as melhores práticas internacionais, onde os colaboradores que vendem produtos de investimento, seguros ou crédito à habitação estão há muito todos certificados.

Mas certificados por entidade independente, de méritos firmados, preferencialmente de cariz universitário. Desta forma, os clientes portugueses ficarão mais protegidos, de encontro às preocupações dos legisladores e reguladores. E os reguladores financeiros portugueses (Banco de Portugal – agora com novas competências na área da supervisão comportamental, CMVM e ISP) poderão dedicar as suas energias a combater a promoção selvagem de negócio ou o aconselhamento de empresas de reestruturação de créditos, verdadeiro mundo à maneira do velhinho ‘far west’…

paulo.marcos@marketinginovador.com www.marketinginovador.com www.antonuco.blogspot.com

Paulo Gonçalves Marcos, Economista, gestor de empresas e professor universitário