terça-feira, junho 26, 2007

A nova era da Modernidade



A nova era da modernidade (publicado na quarta-feira dia 20.06.2007)


Os anunciantes estão a dedicar uma atenção crescente às formas não tradicionais de comunicação.

Paulo Gonçalves Marcos

Pela sua abrangência e potencial de atingir alvos, as acções de comunicação constantes dos planos de ‘marketing’ das empresas tendem a incluir a publicidade em lugar proeminente. É pouco comum assistir-se ao lançamento ou ao relançamento de um produto sem uma dose considerável de investimento em publicidade. Contudo, um conjunto de factores está a fazer com que o predomínio da publicidade esteja em erosão, impulsionando os anunciantes a desviarem parte crescente de seus orçamentos para formas não tradicionais de comunicação: fragmentação de audiências; o fenómeno do ‘zapping’ e o esbater das fronteiras entre a publicidade e o entretenimento, removendo o domínio do conteúdo e da mensagem tradicionalmente veiculadas em anúncios. Em síntese, as várias forças em acção parecem que estar a retirar o domínio da mensagem das mãos dos anunciantes e a colocá-lo cada vez mais na mão dos consumidores. Para tentarem recuperar, ao menos parcialmente o seu domínio, os anunciantes estão a dedicar uma atenção crescente às formas não tradicionais de comunicação, mormente a:

• promoções cruzadas (Cooperação). Exemplos incluem sacos de compras (em Portugal o famoso saco de plástico do Expresso, com faces ocupadas pela Microsoft e pela HP);

• patrocínios (Associação). Procura-se a associação de uma marca com um determinado acontecimento (MillenniumBCP e o Rock in Rio Lisboa; BES e a vinda de Kofi Annan a Lisboa para a Conferência do Futuro Sustentável);

• colocação de produtos e serviços (Ocupação espacial). A ideia é a de oferecer aos anunciantes um ambiente envolvente em que o público está cativo. Em viagens de avião de longo curso, nas zonas de espera das consultas hospitalares ou das agências bancárias, nos tabuleiros das cantinas universitárias, nos pacotes de pipocas dos cinemas multiplex, as oportunidades e os exemplos abundam.

A Comunicação Tradicional, com expoente máximo na publicidade, acredita num modelo de resposta clássico, em que dos clientes se espera que façam uma progressão ao longo dos diversos estádios: da tomada de conhecimento e consciência sobre um produto ou serviço e respectiva marca, para um estado de preferência activa (em comparação com as alternativas) até a um estádio que culmina na aquisição e repetição da compra. As movimentações ao longo dos estádios são razoavelmente lentas, fruto de um processo cognitivo onde a publicidade desempenha um papel muito relevante nos primeiros estádios.

A Comunicação não tradicional centra-se no primeiro estádio, na tomada de consciência. A tomada de conhecimento implica, antes de mais, exposição mediática e visibilidade. Desejavelmente estas provocarão um efeito de “burburinho”, onde as pessoas falam umas às outras do produto, serviço ou marca. Onde a marca entra nas conversas quotidianas das pessoas, nos momentos de convívio, nos locais de trabalho e de reunião. Ou seja, a Comunicação Não Tradicional poderá ser muito rápida e é dominada pelas iniciativas dos consumidores e cidadãos anónimos, através de fenómenos de difusão largamente espontâneos. O “passa palavra” entre amigos e colegas é mais poderoso e credível que as mensagens formatadas e pagas pelas empresas. Este passa palavra é mais emocional e em certo sentido mais enraizado nas preferências culturais, nas atitudes e valores que norteiam uma sociedade. A essência do processo de comunicação é a transformação dos clientes pioneiros em missionários, capaz de fazer proselitismo a custo zero. Capazes de apostolarem com entusiasmo e dedicação. Como os conteúdos da comunicação não tradicional não são vistos como operações de marketing comercial, podem ser mais credíveis que publicidade convencional. Ipod, o browser Firefox, o filme The Blair Witch Project ou o automóvel Mazda MX-5, são fantásticos exemplos de marcas cuja “mensagem” foi transmitida por consumidores deliciados!

paulo.marcos@marketinginovador.com www.marketinginovador.com
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Paulo Gonçalves Marcos, Gestor, Professor universitário

terça-feira, junho 12, 2007

Eleicao Carlos Encarnacao Oliveira para Chairman da EMC

Porque é raro. Inusitado. E honra os profissionais e quadros portugueses.

Na Assembleia Geral da EMC, Confederação Europeia de Marketing, realizada em 8 e 9 de Junho em Londres, por proposta das delegações inglesa, francesa, grega, belga e holandesa, o Dr. Carlos Encarnação Oliveira foi eleito por unanimidade presidente da organização, pelas dezoito delegações nacionais.

A EMC (European Marketing Confederation) congrega dezassete países e dezoito associações europeias de marketing, comunicação e vendas, representantes de cada um deles.

sexta-feira, junho 08, 2007

Marketing Inovador na Just Leader de Junho

Caros leitores

Uma útil e nada subserviente recensão do livro Marketing Inovador na Revista Just Leader, da autoria do jornalista Carlos Martinho. De este mês de Julho de 2007.

Experiência de uma sessão de autógrafos na Feira do Livro

Foi no dia 02.06 de 2007.
Pavilhão 169, da Universidade Católica Editora, que convidou os autores dos seus mais recentes livros (Marketing Inovador e Marketing de Serviços) para uma sessão conjunta.
18horas, canícula no pico máximo, 36º graus centígrados...A selecção portuguesa jogava na Bélgica pouco depois...

Contrariando algumas expectativas, a afluência de amigos, conhecidos e compradores foi muito interessante e estimulante. Bom ritmo de autógrafos, boas conversas, muita gente gira.

Aliás este ponto é deveras curioso. Mas sem dúvida que o público tipo da Feira do Livro tende a ser giro, relativamente jovem e feminino... um atractivo suplementar, sem dúvida...!

Defronte a nós a sexóloga Marta Crawford dava também autógrafos, em outro Pavilhão... A sua fotogenia e o título de seu livro ("Sexo e tudo o mais") levou alguém a prognosticar que iríamos sofrer uma goleada...Mas assim não foi... Apesar do seu mediatismo a nossa "opositora" não conseguiu gerar um volume de tráfego superior ao que aconteceu no Pavilhão da Universidade Católica Editora! Assim se vê a força do "Marketing Inovador" (e, também é justo reconhecê-lo, do Marketing de Serviços do nosso amigo Luís Saias).

As fotos estão, como não poderia deixar de ser, no www.marketinginovador.com