Conhece-mo-nos há muitos anos. Fui seu aluno. Primeiro. Colega mais tarde.
Um dos melhores professores, pedagogicamente falando, que tive.
A sua entrada no Governo teve um forte significado político. Um homem da esquerda moderna. Inteligente e sensível.
Mas os Governos socialistas são feitos de homens políticos, pressionados por quotas de popularidade. Afinal são políticos profissionais que sabem que estar na oposição significa o fim do bem estar material e da projecção social. Que não têm um lugar esperando por eles no final de mandato.
Fez bem em sair. Julgo até que se deveria ter demitido. Afinal o Conselho de Ministros não lhe dava espaço. Teve necessidade de escrever um inócuo texto no jornal "Público" para poder defender que mesmo o investimento público deve ser racional. Em linguagem económica, que deve ter subjacente um estudo de viabilidade económica-financeira. Quanto custa e que benefícios vai produzir:tudo quantificado e acessível aos cidadãos.
Em Portugal isto só funciona com a ditadura do ministro das finanças: foi assim com Salazar, Cavaco e Manuela Ferreira Leite. E com excepção desta última, proeminentes ministros das finanças que se tornaram primeiro ministros. Mas Sócrates parece ser teimoso, pouco tolerante com potenciais rivais de forma que eliminou a dissenssão pela raíz...
Lutamos por uma banca saudável e solidária. Lideramos o melhor sistema de saúde em Portugal. Gostamos de coisas boas e com estilo. De produtos e serviços únicos. De pessoas com convicções e de uma boa conversa. De vinhos bons, que não têm que ser caros. Gostamos do ar livre, do mar e do sol. Do design e boa arquitectura. Achamos que a Economia, Política e a Fé (seja lá o que isso for) fazem o mundo girar. Adoramos o Benfica. Amamos os nossos filhos.
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