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quarta-feira, fevereiro 08, 2012
O Carnaval...porque não chega trabalhar...ou o melhor remédio é...
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O homem decretou e está decidido. Mas a decisão, legítima, peca por vários defeitos...
Vejamos:
1) O privilégio de regulamentar o dia de Carnaval como dia de tolerância de ponto é do Governo e apenas do Governo.
Acontece que nos últimos 35 anos sempre, mas sempre (com excepção de um ano, 1991, em que Cavaco Silva então primeiro ministro tentou fazer o mesmo, isto é, retirar o carácter feriado ao dia de Carnaval) foi um "dia feriado".
2) Em alguns países o costume dita a Lei...no caso português temos como que um direito consuetudinário....
3) Que o primeiro ministro violou apenas a 15 dias da data...com avultados investimentos feitos por parte de autarquias, empresas e pessoas.
4) Por isso a decisão do primeiro ministrao foi legal mas não foi boa....criou uma má vontade desnecessária numa altura em que a sociedade portuguesa precisa de coesão e de união sem ser contra o governo...o homem foi mal aconselhado...
5) Deveria ter dito aos portugueses que este ano excepcionalmente ainda existiria tolerância de ponto mas que doravante, enquanto durasse o programa de assistência financeira da Troika, não mais haveria.
6) Que a eliminação do Carnaval está na lógica de aumentar os dias de trabalho e na sequência da eliminação de até 4 dias feriados.
7) Ou seja, este ano ainda temos mas sejam comedidos....porque a Troika e os alemães estão a ver...
MAS TENDO DECRETADO QUE NÃO SERIA DIA DE TOLERÂNCIA DE PONTO ENTÃO O PRIMEIRO MINISTRO DEVERIA TER CONTRATADO UMA MULTINACIONAL EMPRESA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA JUNTOS DOS ELEITORADOS DA ALEMANHA, FRANÇA, AÚSTRIA, FINLÂNDIA, PAÍSES BAIXOS, ETC, MOSTRAR QUE OS PORTUGUESES ESTÃO COMPROMETIDOS COM O TRABALHO E QUE ABDICARAM DO CARNAVAL, UMA TRADIÇÃO QUASE QUE ESTABELECIDA.
Ou seja, em linguagem corrente, não basta trabalhar no Carnaval, é preciso pregar incessantemente por essa Europa fora e pelas instituições nossas creadoras o quanto comprometidos estamos com a solução para a falência do Estado português.
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