«Requiem por Jan Palach» (*)
Arde o coração de Praga.
Arde o corpo de Jan Palach.
Podemos dizer que o Rei Venceslau,
montado em seu cavalo,
também viu crescer o fogo
em que arde o coração de Praga.
João Huss, queimando o seu corpo,
também arde na Praça de Praga.
E os cavaleiros da Boémia,
o povo e os grão-Senhores,
os operários de Pilsen,
os poetas e cantores da Eslovóquia,
todos ardem nessa tarde e nessa praça.
Queimamos a coragem e o heroísmo,
queimamos a nossa infinita resistência.
Não é verdade, Soldado Schweik?
Eles vieram das estepes e disseram:
É proibido morrer pela Pátria,
é proibido resistir à opressão,
é proibido combater a ocupação. (Refrão)
É proibido amar os campos verdes do seu país.
É proibido amar o verde da esperança.
É proibido amar a Esperança
Estás proibido, Jan Palach!
És proibido, Jan Palach!
Estás proibido de existir, Jan Palach!
Estás proibido de morrer!
Eles vieram das estepes a disseram
todas estas palavras.
Mas também é verdade que disse um dia o Rei Venceslau,
montado em seu cavalo:
«Esta nossa terra será livre,
e nela crescerão livres
as virgens, as mães e os filhos.
E nela crescerão livres as flores.»
E das flores virão rosas,
rosas brancas, para cobrir a campa
de Jan Palach.
Arde o Coração de Praga,
arde o corpo de Jan Palach,
arde o corpo do Futuro.
E já cresce a Primavera!
(*) Letra de José Valle de Figueiredo, escrita no fim dos anos 60. Música de Manuel Rebanda. O intérprete que mais tem divulgado a canção é José Campos e Sousa.
Jan Palach imolou-se pelo fogo em Janeiro de 1969, em pleno centro da Praça Venceslau, em Praga, símbolo do fundador da nacionalidade.
Lutamos por uma banca saudável e solidária. Lideramos o melhor sistema de saúde em Portugal. Gostamos de coisas boas e com estilo. De produtos e serviços únicos. De pessoas com convicções e de uma boa conversa. De vinhos bons, que não têm que ser caros. Gostamos do ar livre, do mar e do sol. Do design e boa arquitectura. Achamos que a Economia, Política e a Fé (seja lá o que isso for) fazem o mundo girar. Adoramos o Benfica. Amamos os nossos filhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário