Numa nota divulgada domingo, o Banco de Portugal negou que Vítor Constâncio tenha recusado ser ouvido mais cedo na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças sobre operações bancárias do BCP, garantindo que não foi transmitido ao Governador «qualquer prazo de urgência».
No comentário habitual na TSF, Pedro Santana Lopes negou hoje a falta de indicação de um prazo ou de indicação de urgência na audição do governador do banco central.
«O que disse (Vítor Constâncio) não corresponde à realidade. Foi noticiado (...) e numa carta minha à Comissão (Parlamentar de Orçamento e Finanças) a dita urgência é invocada», sublinhou o líder parlamentar social-democrata.
Santana Lopes referiu que Vítor Constâncio se escusou a ir ao Parlamento durante a semana passado invocando uma reunião do Banco Central Europeu.
Posteriormente foi apresentada a data 16 de Janeiro, mas o governador do Banco de Portugal recusou, alegando que não queria ir ao Parlamento antes da Assembleia-geral do BCP, marcada para terça-feira, esclareceu Santana Lopes.
«Este fim-de-semana (o governador) disse que precisava de mais tempo para se preparar. Vítor Constâncio já teve semanas para se preparar», disse o líder parlamentar social-democrata.
«Temos sido compreensivos. Já é tempo de falarem na Assembleia da República», acrescentou.
Na nota à imprensa, o Banco de Portugal esclarece que «(...) nos contactos realizados para agendamento da referida audição, não foi indicado ao Governador qualquer prazo de urgência, pelo que nunca o Governador recusou ser ouvido mais cedo, no caso de ser esse o entendimento do Parlamento».
No sábado, o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, o social-democrata Jorge Neto, disse à Agência Lusa que o governador do Banco de Portugal não quis ser ouvido na Assembleia da República na próxima semana.
De acordo com o presidente da comissão, Vítor Constâncio disse que não podia ser ouvido na quarta, na quinta, nem na sexta-feira da próxima semana por precisar de tempo para preparar a sua intervenção na audição parlamentar.
As declarações de Jorge Neto surgiram na sequência de um outro comunicado do Banco de Portugal, emitido sábado, no qual a instituição garantia que 24 de Janeiro foi a única data acordada para o Governador prestar esclarecimentos naquela comissão parlamentar no âmbito do caso BCP.
Diário Digital / Lusa
14-01-2008 7:48:00
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