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Crato vergou os sindicatos dos professores ao convocar TODOS os professores para as vigilâncias de exames...a greve saldou-se por um fiasco. Os pais não gostaram do desrespeito dos professores ao tentarem boicotar o dia de exames de seus filhos.
Depois veio a greve geral, mas as aulas já tinham terminado, por isso pouca ou nenhuma mossa fez...mais a mais porque os exames desse dia tinham sido antecipados um dia.
Finalmente os sindicatos e o ministério, no dia seguinte ao da greve geral, anunciam um acordo:
- aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais não se fará à conta da componente lectiva (ou seja, os professores não darão mais aulas)....portanto, ninguém pode verificar ou afiançar que os professores vão mesmo trabalhar mais cinco horas por semana...;
- requalificação/mobilidade dos professores não antes de 2015....
Os sindicatos adiaram um ano a questão da mobilidade especial para as dezenas de milhares de professores tornados excedentários pela quebra de nascimentos...De facto, apesar de Portugal ter enriquecido nas últimas décadas, e de o nível de vida ter atingido o seu pico mais alto, NUNCA tivémos tão poucos nascimentos...
Daqui a um ano os Sindicatos tentarão fazer novas e selvagens greves para adiarem mais um ano a entrada em vigor da mobilidade especial dos professores...
Crato, o ministro, ficou todo contente com o acordo...ganhou um ano de paz nas escolas...e assim como assim em 2014 ele não tencionava aplicar a mobilidade especial...pois tem uma folga de 30.000 professores contratados (temporários) que vai continuar a reduzir...e ganhou que os Sindicatos aceitassem a mobiliade dos professores...conquanto não antes de 2015...quando Crato a tencionava aplicar!
Claro que Crato ganhou em toda a linha...Os Sindicatos dos professores também podem cantar vitória...pois serão os professores temporários e não os de vínculo sem termo a pagar o ajustamento demográfico...
Perdeu o país porque as outras corporações e sindicatos perceberam que podem adiar a mobilidade especial....e o problema é que nos juízes, militares, forças policiais, auxiliares, administrativos, etc, não temos a folga dos temporários como existe na educação...o país tem que reduzir a sua despesa pública e para isso vai ter que reduzir a folha salarial na administração estatal...como o Tribunal Constitucional não deixa reduzir salários e pensões...a solução única será a de reduzir o número de efectivos...mas agora, repito, os sindicatos vão forçar o conflito para que a redução não se faça entre os seus associados mas sim entre outros....
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