Ontem o jogo Portugal-México, terceiro da selecção portuguesa no Mundial de 2006, calhou em plena hora de trabalho. 15 horas em Lisboa.
As ruas ficaram desertas. O fluxo de automóveis a sairem de Lisboa era intenso...Os escritórios desertificaram-se...Os maridos deixaram de atender as chamadas das esposas para seus telemóveis...As reuniões foram desmarcadas...
Lutamos por uma banca saudável e solidária. Lideramos o melhor sistema de saúde em Portugal. Gostamos de coisas boas e com estilo. De produtos e serviços únicos. De pessoas com convicções e de uma boa conversa. De vinhos bons, que não têm que ser caros. Gostamos do ar livre, do mar e do sol. Do design e boa arquitectura. Achamos que a Economia, Política e a Fé (seja lá o que isso for) fazem o mundo girar. Adoramos o Benfica. Amamos os nossos filhos.
quinta-feira, junho 22, 2006
quarta-feira, junho 21, 2006
Poupar 200 milhões de euros
Uma vez por mês e durante alguns dias, o Parlamento Europeutransfere-se de Bruxelas para Strasbourg por inteiro, com todos osseus colaboradores e toda a sua documentação. A única razão para este desperdício de 200 milhões de euros por ano deve-se à vontade daFrança. Todos os países da União pagam a conta! Nós também!Presentemente, um determinado número de membros do Parlamento Europeu,pertencentes a diferentes partidos e países, iniciaram uma acção que visa acabar com este desperdício. É necessário recolher um milhão deassinaturas para que este assunto possa ser inserido na agenda daComissão Europeia.Já se recolheram mais de 620 000 assinaturas, mas é preciso um milhão! Visite o site http://www.oneseat.eu e assine para se poder acabarcom este abuso.P.S.: não hesite em transmitir o conteúdo desta mensagem aos seus amigos, para provocarmos uma cadeia de bom senso Informações mais detalhadas (para os desconfiados como eu) em http://www.europafederalisterna.se/oneseat/?view=about&lang=pt
Ética e negócios: um texto muito actual
Tivemos a oportunidade de participar, na primeira quinzena do mês de Julho, no 2º Seminário Internacional da Uniapac/Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) subordinado ao tema da Ética Empresarial. O «Campus» da Universidade de Louven (Louvaina), desde tempos medievos sítio do saber dos «Países Baixos», proporcionou o ambiente intelectual propício para o debate entre gestores experientes, académicos reputados e jovens quadros de grandes empresas europeias.
As empresas europeias têm sido confrontadas com um aumento de consciência social dos cidadãos e dos investidores nos mercados de capitais. As organizações não governamentais (ONG´s, com o “Sierra Club”, “Greenpeace”, entre as mais notórias), com áreas de interesse desde a protecção ambiental, passando pela defesa dos consumidores até à preservação de espécies animais, têm ganho protagonismo crescente nos países da OCDE. Em simultâneo, têm proliferado e ganho crescente aceitação, por parte dos pequenos investidores, os fundos de investimento com preocupações éticas ou ecológicas. Recusando-se a investir em empresas sem um claro “Código Ético de Conduta” e em negócios de reduzida responsabilidade social, fundos e ONG´s têm lançado para a ribalta, pelos piores motivos, as empresas operantes em indústrias como o tabaco, o petróleo ou o armamento. Mas até agora insuspeitas empresas de calçado ou vestuário, para citar apenas alguns dos casos mais recentes, têm sido acusadas de uma política pouco criteriosa de subcontratação (com os seus fornecedores a empregarem trabalho infantil no Sudoeste Asiático).
A emergência da geração Bobos[1] (“bohemians and burgeois”) à liderança social, económica e política, um pouco por toda a Europa Ocidental, só vai reforçar a vaga de fundo que exige maior sentido ético na condução dos negócios.
Contrariando a ortodoxia que vai proliferando nas teorias da Gestão, foi consensual entre os participantes que a Europa Ocidental e os Estados Unidos da América do Norte devem exibir diferentes concepções de ética empresarial. Apesar de um tronco comum civilizacional, as diferentes experiências históricas, sociais, políticas e religiosas da Europa Continental levam a que os participantes do Seminário tenham concluído que três escolas, igualmente legítimas, devem afirmar-se autonomamente no campo da Ética Empresarial: a Anglo-saxónica (Eua, Reino Unido), a Europeia continental protestante (alemã, Escandinava), e uma de cariz mais católico (Europa do Sul). As prescrições morais de uma escola se aplicadas em contextos, geográficos e humanos, que lhe são alienígenas produzem um efeito de mal disfarçada repulsa social.[2]
Um outro mito alvo de cuidada análise foi o do menor desempenho empresarial (redução de lucros) motivada pela adopção de uma «praxis» ética nos negócios. Embora a investigação empírica ainda esteja na sua infância, sendo prematuro estabelecer relações científicas de causalidade, os primeiros resultados parecem convergir no sentido de que existe uma correlação positiva entre rendibilidade empresarial (“return on equity”) e prática Ética na actividade empresarial!
Chegados a este ponto, qual grito de “Ipiranga” que deve nortear os empresários e os gestores de matriz cristã, importa percepcionar o rumo para as empresas portuguesas. Aqui, estamos crentes, a prática dos gestores portugueses, fortemente influenciada pela tradição católica, tradicionalista e amiúde paternalista, é essencialmente ética. Mas a maior lacuna radica na ausência de uma tradição de corporizar essa prática, consuetudinária, sob a forma de um “Código, escrito, de Conduta Ética”, explicitando e comunicando activamente quais são os comportamentos aceitáveis e reprováveis em campos como: as relações com os fornecedores, compromissos para com os empregados, transparência para com accionistas ou clientes ou ainda a forma como a empresa(s) vai contribuir para ajudar a comunidade envolvente. Por vezes isto requer um “Ethical Business Manager” definido na organização. Procurando que as maiores empresas portuguesas, uma vez consumada a fusão da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto com a Euronext, não venham a ser ostracizadas pelos investidores institucionais operando em mercados de capitais onde estas questões já quase se tornaram corriqueiras...
Paulo Gonçalves Marcos
Texto publicado na newsletter da ACEGE em Julho de 2001
[1] David Brooks, in “Bobos in Paradise”.
[2] Como aconteceu com a francesa Danone, no final da Primavera de 2001. Pretendendo aplicar, na França, a receita norte-americana de despedimentos em massa como forma de aumentar os lucros, reduzindo os custos. Algo mal compreendido pela opinião pública francesa, quando confrontada, com os ainda assim elevados lucros da companhia.
As empresas europeias têm sido confrontadas com um aumento de consciência social dos cidadãos e dos investidores nos mercados de capitais. As organizações não governamentais (ONG´s, com o “Sierra Club”, “Greenpeace”, entre as mais notórias), com áreas de interesse desde a protecção ambiental, passando pela defesa dos consumidores até à preservação de espécies animais, têm ganho protagonismo crescente nos países da OCDE. Em simultâneo, têm proliferado e ganho crescente aceitação, por parte dos pequenos investidores, os fundos de investimento com preocupações éticas ou ecológicas. Recusando-se a investir em empresas sem um claro “Código Ético de Conduta” e em negócios de reduzida responsabilidade social, fundos e ONG´s têm lançado para a ribalta, pelos piores motivos, as empresas operantes em indústrias como o tabaco, o petróleo ou o armamento. Mas até agora insuspeitas empresas de calçado ou vestuário, para citar apenas alguns dos casos mais recentes, têm sido acusadas de uma política pouco criteriosa de subcontratação (com os seus fornecedores a empregarem trabalho infantil no Sudoeste Asiático).
A emergência da geração Bobos[1] (“bohemians and burgeois”) à liderança social, económica e política, um pouco por toda a Europa Ocidental, só vai reforçar a vaga de fundo que exige maior sentido ético na condução dos negócios.
Contrariando a ortodoxia que vai proliferando nas teorias da Gestão, foi consensual entre os participantes que a Europa Ocidental e os Estados Unidos da América do Norte devem exibir diferentes concepções de ética empresarial. Apesar de um tronco comum civilizacional, as diferentes experiências históricas, sociais, políticas e religiosas da Europa Continental levam a que os participantes do Seminário tenham concluído que três escolas, igualmente legítimas, devem afirmar-se autonomamente no campo da Ética Empresarial: a Anglo-saxónica (Eua, Reino Unido), a Europeia continental protestante (alemã, Escandinava), e uma de cariz mais católico (Europa do Sul). As prescrições morais de uma escola se aplicadas em contextos, geográficos e humanos, que lhe são alienígenas produzem um efeito de mal disfarçada repulsa social.[2]
Um outro mito alvo de cuidada análise foi o do menor desempenho empresarial (redução de lucros) motivada pela adopção de uma «praxis» ética nos negócios. Embora a investigação empírica ainda esteja na sua infância, sendo prematuro estabelecer relações científicas de causalidade, os primeiros resultados parecem convergir no sentido de que existe uma correlação positiva entre rendibilidade empresarial (“return on equity”) e prática Ética na actividade empresarial!
Chegados a este ponto, qual grito de “Ipiranga” que deve nortear os empresários e os gestores de matriz cristã, importa percepcionar o rumo para as empresas portuguesas. Aqui, estamos crentes, a prática dos gestores portugueses, fortemente influenciada pela tradição católica, tradicionalista e amiúde paternalista, é essencialmente ética. Mas a maior lacuna radica na ausência de uma tradição de corporizar essa prática, consuetudinária, sob a forma de um “Código, escrito, de Conduta Ética”, explicitando e comunicando activamente quais são os comportamentos aceitáveis e reprováveis em campos como: as relações com os fornecedores, compromissos para com os empregados, transparência para com accionistas ou clientes ou ainda a forma como a empresa(s) vai contribuir para ajudar a comunidade envolvente. Por vezes isto requer um “Ethical Business Manager” definido na organização. Procurando que as maiores empresas portuguesas, uma vez consumada a fusão da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto com a Euronext, não venham a ser ostracizadas pelos investidores institucionais operando em mercados de capitais onde estas questões já quase se tornaram corriqueiras...
Paulo Gonçalves Marcos
Texto publicado na newsletter da ACEGE em Julho de 2001
[1] David Brooks, in “Bobos in Paradise”.
[2] Como aconteceu com a francesa Danone, no final da Primavera de 2001. Pretendendo aplicar, na França, a receita norte-americana de despedimentos em massa como forma de aumentar os lucros, reduzindo os custos. Algo mal compreendido pela opinião pública francesa, quando confrontada, com os ainda assim elevados lucros da companhia.
quarta-feira, junho 07, 2006
Energy and market risk: a glimpse
Market Risk - Banks Agree on US Format for LCDS
Leading derivatives dealer banks have agreed to standard documentation for loan-related credit default swaps in the US. The agreement in the US comes as market participants in Europe remain at loggerheads over how such contracts should work. The need for standardized contracts reflects growing investor interest in managing risk in the booming market for syndicated loans.
Energy Risk - China, India Seek to Avert Bidding War for Russian Oil
China and India plan their second joint bid for oil fields, an offer of about $2 billion for deposits in Kazakhstan. China and India consume 11 percent of global oil output. Citic Group, China's biggest investment company, and Oil & Natural Gas Corp., India's largest oil producer, may bid for Calgary-based Nations Energy's assets.
In www.riskcenter.com
Leading derivatives dealer banks have agreed to standard documentation for loan-related credit default swaps in the US. The agreement in the US comes as market participants in Europe remain at loggerheads over how such contracts should work. The need for standardized contracts reflects growing investor interest in managing risk in the booming market for syndicated loans.
Energy Risk - China, India Seek to Avert Bidding War for Russian Oil
China and India plan their second joint bid for oil fields, an offer of about $2 billion for deposits in Kazakhstan. China and India consume 11 percent of global oil output. Citic Group, China's biggest investment company, and Oil & Natural Gas Corp., India's largest oil producer, may bid for Calgary-based Nations Energy's assets.
In www.riskcenter.com
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