sábado, abril 30, 2005

Contra o aborto somos todos: nota da Associação Maternidad e Vida

Assunto: Hipocrisia e Desprezo-Comuniacdo Ass. Maternidade e Vida

Hipocrisia e Desprezo - Nota de Imprensa da Associação Maternidade e Vida

O Partido Socialista apresentou na Assembleia da República duas propostas legislativas relacionadas com a questão do aborto.

Por um lado, pretende o PS que seja realizado um referendo sobre a descriminalização total do aborto realizado nas primeiras DEZ semanas de gravidez. Trata-se do cumprimento de uma promessa eleitoral do PS, da qual todos os eleitores, nomeadamente os que votaram PS tinham conhecimento. A pergunta proposta é semelhante à do referendo de 1998.

O PS reconhece que não foi realizado qualquer estudo credível "sobre a realidade do aborto clandestino em Portugal", mas mesmo assim, porque, como diz o Povo, "a ignorância é atrevida", não hesita em afirmar que existem anualmente "milhares de mulheres" que abortam na clandestinidade!

E, mais do que isso, tem o desplante de afirmar que "algumas" dessas mulheres "são submetidas a uma involuntária exposição pública". É o cúmulo da hipocrisia! Têm sido os defensores do aborto livre, muitos deles ligados ao PS, que têm mobilizado a comunicação social para a porta dos Tribunais, utilizando indecorosamente o sofrimento alheio como arma de arremesso político. Se as poucas mulheres que em Portugal foram submetidas a um processo-crime por terem abortado ilegalmente tiveram a sua vida devassada e foram sujeitas a alguma humilhação pública apenas o devem à atitude panfletária e publicitária dos defensores da liberalização do aborto.

O PS ou os seus companheiros de luta nada fizeram para ajudar as mulheres a não abortar ou para recuperarem do trauma que, em quaisquer circunstâncias, sempre resulta de um aborto. Apenas as querem utilizar para obter, à sua custa, projecção mediática!

Mas o PS apresentou também um Projecto de Lei que visa a liberalização total do aborto, a pedido da mulher, até às 10 SEMANAS de gravidez e a possibilidade, desde que se aleguem razões de "natureza económica ou social", o aborto ser efectuado até aos 4 MESES de gestação.

Ou seja, o PS diz aos Portugueses que vai cumprir a sua promessa eleitoral e que só liberalizará o aborto até às 10 SEMANAS de gravidez se essa for a vontade do povo, expressa em referendo. Mas desde já, e para o caso de os Portugueses recusarem tal liberalização, o PS avança com um projecto de Lei sobre a matéria. E mesmo que o Povo apenas aprovasse o aborto a pedido até às 10 SEMANAS, o PS já avança com a liberalização total até aos 4 MESES (dezasseis semanas), embora "escondida" atrás de razões de natureza económica e social que afectem a "saúde psíquica" da mulher grávida. Mais abrangente não podia ser!

Esta atitude do PS demonstra duas coisas:
Falta de carácter, cultura democrática e menosprezo pelos Portugueses. Avança-se com um referendo, pretendendo ouvir e seguir a opinião da maioria, mas já se tem na manga uma alternativa se o resultado não for o esperado ou uma forma de ir mais longe do que aquilo que o Povo, eventualmente, permitir;

Desprezo pelas mulheres grávidas em dificuldades. O PS revela-se um Partido sem princípios humanos e sem respeito pelas pessoas. A uma mulher desesperada, que tem problemas financeiros ou de natureza social, a resposta do PS não é a criação de mecanismos que resolvam ou atenuem esses problemas e evitem o recurso ao aborto. É exactamente o contrário. O Estado do PS não ajuda financeiramente na gravidez e na criação do bebé, o Estado do PS não apoia a integração social. O Estado do PS PAGA O ABORTO! A proposta do PS é enviar o problema para o CAIXOTE DO LIXO. Nem que o problema seja um bebé com 4 MESES (!) de gestação.

A Associação Portuguesa de Maternidade e Vida lamenta esta postura do Partido Socialista. Acreditamos que muitos militantes e dirigentes do PS, que têm uma cultura de defesa da vida e da dignidade humana, ainda não se aperceberam do alcance desta proposta.

A Lei tem também uma função de Prevenção Geral, de desincentivo de condutas que se consideram negativas, que, como no caso do aborto, atentam contra a vida humana e contra a dignidade pessoal, a saúde física e psíquica da própria mulher que aborta. E representa a perspectiva da sociedade quanto ao valor da vida humana.

O aborto é permitido em Portugal nos casos previstos na Lei - e eles abrangem já, por exemplo, o perigo de lesão irreversível para a saúde psíquica da mulher grávida.

O PS quer transformar o aborto na solução para problemas económicos ou sociais.

Em perfeita sintonia com o Presidente da República: é mais fácil fazer "evoluir" a lei do que trabalhar para fazer evoluir a sociedade.

O PS escolheu o caminho mais fácil. A Associação Portuguesa de Maternidade e Vida continua a trabalhar para ajudar quem sofre e fazer feliz quem opta pela Vida.

Francisco Coelho da Rocha
Presidente da Direcção

terça-feira, abril 12, 2005

The Dark Horse: Stephen Bates, Guardian, April 11

Portuguese patriarch is dark horse papal candidate Stephen Bates, religious affairs correspondentMonday April 11, 2005The Guardian A dark-horse candidate for pope, capable of bridging the divide between the Europeans and the Latin American Roman Catholic cardinals, appears to be emerging in the shape of the Patriarch of Portugal, Jose da Cruz Policarpo.
A week before the cardinals start voting to elect a pope, the 115 men will pause in their devotions to canvass each others' opinions on the next pontiff.
On Saturday they decided to give no more formal interviews to the media, but that will not preclude their own lobbying and discussions. Alongside Policarpo, Claudio Hummes, of Brazil, is emerging as a potential favourite.
With the debate expected to focus on whether the pope should be European or whether the cardinals should open the papacy to a candidate from the church's growing Latin American congregations, the men are regarded as bridges between the continents.
Both speak the languages of Latin America but have European roots: Policarpo's career has been spent as a theologian in Portugal; Hummes's parents were German. Both men, while orthodox, have been concerned with human rights and world poverty.
Whoever is elected pope will need the support of the bulk of cardinals from both regions to secure the required two-thirds majority of 77: Europe has 58 cardinals, and central and southern America only 20. By comparison, North America has 14 cardinals, Africa 11, Asia 10, and Australasia and the Pacific two each.
Even so, the South Americans will say they are severely under-represented in the conclave: the church in Latin America has 500 million followers, but only 18% of those electing the pope come from the region.
While Hummes, 70, who is cardinal archbishop of Sao Paulo, the largest diocese in the church, features on most lists of the papabile (worthy to be pope), Policarpo, 69, has been much less touted and is something of a dark horse - but judged by some to be the best to tackle the problem of re-engaging Europe's disaffected Catholics with the mother church.
"He's a formidable thinker, a real intellectual, very good on the questions affecting European culture, which are going to absorb the cardinals," said one Vatican observer. "He could also be the first cigarette-smoking pope."
Policarpo, ordained in 1961 and a bishop since 1978, was not made a cardinal until 2001. He has spent most of his career at the Portuguese Catholic University and spoken out against human rights abuses in East Timor and Mozambique.
Hummes, a Franciscan, is seen as doctrinally and morally strict but has been a strong advocate for the poor and dispossessed and a powerful evangelist among his 6-million-strong diocese.
It is now thought unlikely the next pope will be from Asia or Africa. Nigeria's Cardinal Francis Arinze is not thought to be a strong enough contender.

segunda-feira, abril 11, 2005

Factos do Fim de Semana

O Benfica perdeu em Vila do Conde. O Sporting ganhou em Lisboa ao Beira Mar. Injusto o resultado do Benfica. Um golo mal anulado aos homens de amarelo da cidade de Aveiro.

No Congresso do PSD desta vez os media estiveram menos interessados. Quiçá natural atendendo a que o PS dispõe de um nóvel poder absoluto. Com Santana de saída, os motivos de interesse para a Comunicação Social interessada no sound byte seriam decertos bem menores.

Ganhou Marques Mendes, mas por poucos. Menezes promete ficar "atento e vigilante". Mau sinal democrático, digo eu. Borges quer posicionar-se para o longo "inverno" do PSD e surgir como alternativa para quando a Primavera estiver a despontar...